Amor não
é uma vontade incontrolável de ficar com seu amante o tempo todo. O nome disso
é serotonina. Amor não relaxa o corpo, cria laços e deixa
os apaixonados felizes. O nome disso é ocitocina. É dopamina. Biologicamente, paixão é só
um jato de hormônios e neurotransmissores disparado pelo cérebro. E que viciam quase como droga
- as áreas de prazer e recompensa ativadas são as mesmas. Mas uma hora cansa.
Quando a festa hormonal no cérebro acaba, o amor chega
ao fim. A maior evidência do papel da ocitocina na formação de casais é
simplesmente o fato de que, quando nós bloqueamos os receptores desse hormônio, os animais não conseguem
formar casais.
Mas, se a liberação de ocitocina acontece por causa do toque, por que
não nos apaixonamos pelo massagista? Por que ônibus lotados não são os lugares
mais românticos da Terra? E por que é possível continuar apaixonado pela mesma
pessoa ainda que ela viva a quilômetros de distância? Estudos mostraram que a
liberação de ocitocina pode estar condicionada a estados emocionais e imagens
mentais. Mais que isso, os testes revelaram que a liberação sistemática do hormônio durante um período de alguns dias pode "fixar" os efeitos, transformando a sensação de amor em uma constante. Um
neuroendocrinologista sueco injetou ocitocina em roedores por cinco dias
seguidos, deixando-os "apaixonados". No sexto, os efeitos apareciam sem a injeção
do hormônio. O cientista acha
que a mera lembrança das sensações agradáveis causadas pela ocitocina, ainda
que na ausência dela, são suficientes para ativar o amor.
Estudos feitos nos estados unidos revelam que os casais se divorciam em
média 16 anos após o casamento. Segundo o IBGE essa média também é aplicada no
Brasil. Pois bem, acho que há um pequeno erro nessas médias citadas acima.
Afinal o que menos se vê nos dias de hoje é um casal durar muito tempo juntos,
mal e mal juntaram as escovas de dente e já estão se separando. Pra que casam
afinal? Pra fazer festa, gastar rios de dinheiro e alguns meses depois já
seguirem outro caminho? Talvez o grande problema mesmo esteja na palavra "casamento". Talvez seja ela que traz a tona toda uma responsabilidade que
antes não existia. Um compromisso diário com o outro! Então porque não ficam
apenas juntos sem essa pressão toda? Talvez porque não é isso que somos
induzidos a fazer. O que diria a nossa família, os nossos amigos? Portanto
acabam casando apenas para mostrar aos outros que cresceram a ponto de
assumirem pra si, algo tão grandioso... O Casamento!
Segundo uma equipe da Universidade de Oxford, a culpa pelos casamentos durarem
pouco é dos hormônios e neurotransmissores. Ou melhor, da falta deles. Afinal
são eles que acionam o sistema de recompensa do cérebro e desencadeiam a
sensação de prazer e felicidade do amor correspondido.
Então está explicado... Acho que anda faltando hormônio em grande
parcela da população. Será essa a solução de todo aquele estresse vivenciado no
dia a dia da relação?
Imagine se dentro de alguns anos existisse um remédio em forma de
comprimido ou inalável que pudesse salvar o relacionamento de um casal?
Um grupo de pesquisadores pôs em pratica essa ideia produzindo o remédio
do AMOR que vem em um recipiente de 7,5 ml com conta-gotas, ou sob a forma de
spray nasal. A ocitocina está no ar minha gente!
Ele não restaura a paixão. Mas proporciona uma forte sensação de
relaxamento. E isso pode ajudar nos momentos mais tensos de uma relação. Quem
sabe quando você vê uma toalha molhada em cima da cama? Coisas do tipo que
todas as mulheres amam em um homem! Com duas borrifadas no nariz ou seis gotas
debaixo da língua, o hormônio corre pelo sistema sanguíneo e aos poucos entra
no sistema nervoso central, reduzindo o nível de cortisol (hormônio do
estresse) no sangue. Ai é só calmaria. Fala a verdade. Não é tudo o que você
queria ouvir? Um simples remedinho que te acalma nas horas de raiva. Mais segundo os cientistas, não é necessário comprar um spray (nada
confiável na situação atual) para solicitar a produção do hormônio. Eles
suspeitam que algumas coisas “provocam” a produção de ocitocina naturalmente:
massagem, sexo, toque, contato visual... E para essas coisas, não há
contra-indicações.
Além disso, um dos grandes, ou talvez o maior de todos os motivos das
milhares de separações que andam ocorrendo está na mira da ciência... A
infidelidade. Segundo pesquisas, um gene ligado à recepção de
neurotransmissores de vasopressina pode dizer se alguém é fiel ou não. Em
ratos, deu certo. Eles passaram mais tempo com a parceira do que na gaiola de
estranhas. Fica esperto Ricardão! A equipe não descarta essa solução para
humanos.
Assim, finalmente teríamos outro tratamento para a famosa dor de
cotovelo, além daquele outro infalível, mesmo quanto demorado: O tempo!
http://super.abril.com.br/ciencia/amor-farmacia-ciencia-relacionamentos-720800.shtml
Att. Micheli Borchardt
"um dia um sábio sonhou que era umma linda borboelta, que passava os seus dias passenado pelos campos... uma hroa ele acordou, e não sabia mais se era um sábio que tinha sonhado que era uma linda borboleta passeando pelos campos, ou se era uma linda borboleta que estava sonhando que era um sábio pensador..." O que será causa, e o que será consequência?
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